A religião é um aquário, a espiritualidade é o oceano.
Muito se discute em ter uma religião, em seguir a uma igreja, em ter um líder como exemplo, mas esquecemos que todos somos falhos. Ser empático com a dor do outro está além de sentar-se num banco de uma igreja, de frequentar todas as missas, de doar dinheiro para uma paróquia, de vestir uma determinada roupa. Ser empático está nas ações e nas palavras de cada ser humano, em ser condizente com o que diz, pensa e faz.
Há muito o que se conquistar ainda quando falamos do universo feminino, o tempo forçou para que retrocedamos enquanto nossas conquistas são postas em debate. “Revitimização” é um processo pelo qual a mulher após ter sofrido algum tipo de violência continua sofrendo, não cessa. Muitas vítimas passam por isso durante todo o processo, pela visão do machismo patriarcal, e até mesmo pela cegueira empática de outras mulheres.
Segundo a legislação brasileira o aborto é permitido apenas nos casos de gestação com risco para a mãe, feto anencefálico (não possuir cérebro) e em caso de estrupo. A pena de estrupo prevê condenação de 6 a 30 anos de prisão, dependendo da gravidade em que se deu o crime. A prisão não apaga a marca da dor em quem se foi, em quem ficou, em quem convive com o trauma. Isso quando a lei se sobrepõe ao crime ocorrido, há casos também em que ficam impunes, outras preferem silenciar, outras se veem obrigadas a silenciar.
Muito se discute sobre o corpo da mulher, muitas regras são ditas e até impostas, mas ninguém perguntou a uma mulher, como ela gostaria de ser tratada dentro da sociedade. Sociedade esta que ainda possui um livro intitulado “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão”, este é apenas um exemplo do quanto precisamos evoluir enquanto seres humanos habitantes desse planeta.
O Projeto de Lei nº 1.904/2024, de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), da bancada evangélica visa colocar a mulher no papel de culpada, quando na realidade ela sempre foi vítima, vítima do machismo, vítima do preconceito, vítima das etiquetas sociais. Abrir brechas na lei que favorecem o estuprador é retroceder, é revitimizar a mulher. Homicídio? E se o corpo fosse seu ou da sua filha, neta? Qual seria a sua opinião?
A sociedade carece de empatia. Lembrando que: criança não é mulher! Projetos de lei como esse abrem lacunas que agravam a situação da violência sexual nos lugares mais periféricos, onde há escassez de recursos, como por exemplo a Ilha de Marajó, que sofre com a violência sexual de crianças e adolescentes.
Querem transformar meninas e mulheres no Conto da Aia (livro e série canadense), que aborda o tema do abuso sexual de mulheres que são obrigadas a seguir determinada conduta diante de um sistema de castas.
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Jacilene Arruda é astróloga, escritora na Revista Poesias e Cartas, escritora do e-book “O Poder Mágico da Gratidão”, numeróloga e terapeuta holística. + 55 31 99531-5732, instagram @evolucaoeconhecimento
https://www.camara.leg.br/enquetes/2434493
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