Era uma vez em uma cidade conhecida por sua posição geograficamente localizada nas proximidades com a linha do equador. Uma mulher chamada Rosa Maria, Rosa Maria era filha do tenente coronel João Lampião, o homem mais bravo da cidade, temia apenas a sua mulher Lindalva, ele obedecia a todas as suas ordens, temendo que fosse enviado para a Central de Homens desobedientes de Pessoa Seixas (CHDPS).
Conta-se que neste local, homens que desobedecem suas esposas, são retiradas tiras de couro sem sangue para fortalecer a gastronomia regional, o evento acontece uma vez por ano, onde é comemorado o “Festival do dia das bruxas”, as mulheres saem às ruas com as suas vassouras enfeitadas dessas tiras e competem pelo troféu de “bruxa do ano”.
Rosa Maria, filha do tenente coronel João Lampião é recordista nessa competição, há séculos guarda suas vassouras e troféus que fazem jus ao seu codinome de “Maria da carne de sol”. Dizem que ela é a mulher mais arretada do grupo, colecionando histórias de dor, mas também de superação, as tiras são uma forma de demonstrar a sua capacidade de transmutar o seu passado de sujeições.
Essa história foi criada pela autora Jacilene Arruda, em pleno DIA DAS BRUXAS, 2024.
Inspirada numa conversa casual e nas obras do Ariano Suassuna, sua capital natal e nas origens do sertão nordestino.
Uma homenagem a todas as mulheres que fazem do desamor um degrau para o sucesso.
Jacilene Arruda é responsável pela coluna A Voz para Elas na Revista Poesias & Cartas. + 55 31 99531-5732, instagram @evolucaoeconhecimento